Conheça as características e a história por trás da criação da blockchain
Mesmo para quem ainda está entrando no mundo das criptomoedas, o nome Ethereum deve ser familiar. Afinal, trata-se de uma das blockchains mais famosas do mundo ao lado do Bitcoin, oferecendo também uma das criptomoedas mais valiosas do planeta.
Porém, antes de checar a cotação ethereum do dia e decidir se vale a pena investir nela, é importante conhecer melhor suas características. Neste texto, entenda o que é Ethereum, suas características e como ela surgiu.
O que é Ethereum?
Assim como o Bitcoin, o Ethereum é uma blockchain que possibilita a transferência de criptomoedas entre seus usuários, sem a necessidade de haver uma terceira parte envolvida. Isso quer dizer que não há a presença de um banco ou de uma empresa de remessa internacional para garantir e autenticar essa transação.
Além dessa funcionalidade, o Ethereum também é uma plataforma programável, que permite aos desenvolvedores criar aplicativos descentralizados. Conhecidos como dApps, na sigla em inglês, esses aplicativos podem ser de diversos tipos, tais como mídia, games, finanças, entre outros.
Essas ações são possíveis porque a rede opera utilizando os chamados contratos inteligentes. Essa tecnologia consiste em desenvolver softwares que executem procedimentos por meio de regras preestabelecidas automaticamente. Por exemplo, no caso de um empréstimo: pode-se fazê-lo de um indivíduo para outro sem precisar recorrer a uma entidade financeira, já que as condições do empréstimo podem ser programadas.
Como ela surgiu?
O Ethereum surgiu em 2015, idealizado pelo programador russo-canadense Vitalik Buterin. Em 2011, ele havia conhecido o Bitcoin, mas confessou não ter visto muito valor na criação de Satoshi Nakamoto, o pseudônimo do criador do Bitcoin.
Passado um tempo, ele passou a se interessar mais pela tecnologia e começou a se envolver em projetos do mercado. No ano seguinte, ele cofundou a Bitcoin Magazine, um site especializado em cobrir o Bitcoin. Ao mesmo tempo, iniciou os estudos no curso de Ciência da Computação da Universidade de Waterloo, no Canadá.
Já em 2013, Buterin largou a graduação e viajou pelo mundo para conhecer outras pessoas que trabalhavam com a criptomoeda. A partir desses encontros, ele visualizou a possibilidade de utilizar a blockchain do Bitcoin não só para transferir dinheiro pela internet sem a intervenção de terceiros, mas também para implementar a descentralização de outros segmentos.
Assim, em novembro, tomando por base o código do Bitcoin, ele fez a divulgação do white paper preliminar do Ethereum. Entre os interessados em colaborar com o projeto estava o cientista da computação Gavin Wood, que ajudou a criar a rede. Para juntar o dinheiro que permitiria a conclusão do projeto, eles lançaram uma ICO, arrecadando US$ 18,5 milhões. Em julho do ano seguinte, a blockchain finalmente ganhou vida.
Quais as diferenças entre Ether e Ethereum?
Quando se fala em Ethereum, muitos podem confundi-lo com o Ether. O primeiro se refere a blockchain, sendo a plataforma que permite tanto a transferência dos ativos digitais quanto a criação dos dApps.
Já o Ether é a criptomoeda nativa do Ethereum; ela funciona como o “combustível” dele. Assim como ocorre com o Bitcoin, existem mineradores responsáveis por manter o sistema funcionando, validando as transações realizadas no sistema. Em troca desse serviço, eles são recompensados recebendo em Ether.
Dessa forma, os usuários da rede utilizam o Ether em suas transações. Por exemplo, o programador que monta um aplicativo no sistema precisa pagar as taxas de uso da rede, denominadas “gas”. Também é necessário pagar uma tarifa (que não é fixa) ao transferir uma criptomoeda de um usuário para outro.
Como minerar Ethereum?
O processo de validação e inclusão de novas transações dentro da Ethereum é conhecido como mineração. Essa atividade é feita utilizando-se computadores com tenham placas de vídeo potentes, já que a mineração necessita da realização de resolução de cálculos matemáticos. Quanto maior for o poder computacional da máquina, maiores as chances de validar as transações e, assim, conseguir criptomoedas.
Além do equipamento, também é preciso estar conectado ao software de mineração. Isso acontece com a instalação de um programa no computador, responsável pelo processo de validação e criação de novas moedas.
Também é necessário ter uma carteira de criptomoedas. Elas podem ser tanto softwares quanto dispositivos físicos que oferecem ao usuário o acesso aos ativos digitais armazenados na blockchain. Por meio das carteiras, também é possível o envio de criptomoedas sem a necessidade de intermediários.