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A importância da diversificação geográfica em sua carteira de investimentos

Nos últimos quatro anos, a quantidade de investimentos dos brasileiros no exterior vem crescendo em ritmo acelerado. Somente em 2023, os brasileiros enviaram US$ 45,18 bilhões para o exterior, segundo dados do Banco Central. Houve um aumento de 12,5% em relação a 2022, mas, em termos de quantidade, ainda são menos de 1 milhão de investidores, ou cerca de 0,5% da população.

Para muitas pessoas, investir no exterior significa comprar a moeda e deixar parada numa conta. Mas a diversificação geográfica, na verdade, consiste em ter ativos de empresas em vários países, principalmente nos Estados Unidos. Por isso, sempre é importante acompanhar a cotação do euro hoje, ou então do dólar e de outras moedas em que se pretenda investir.

Nesse sentido, a diversificação geográfica é tão importante quanto a diversificação de ativos. Se a primeira protege sua carteira contra crises dentro do mercado, a segunda visa proteger você contra o risco do país — no caso, o risco Brasil. Por isso, venha conosco e saiba como proteger seu patrimônio tendo ativos no exterior.

Um longo caminho

Além do envio de dinheiro para fora do país, o número de ativos financeiros declarado por brasileiros cresceu, R$ 1,1 trilhão em 2023, de acordo com dados da Receita Federal. Esse número pode parecer significativo, pois representa cerca de 20% de todos os investimentos dos brasileiros, de acordo com um levantamento da Anbima.

No entanto, quando o assunto é o percentual de alocação no exterior, o brasileiro tem em média menos de 5% do seu patrimônio em ativos internacionais. Em contrapartida, em economias avançadas, como o Reino Unido, o percentual chega a 50% de investimentos no exterior. 

Até nos EUA, que é a maior economia do mundo, os investidores mantêm em média 29% dos seus ativos no exterior. Portanto, os dados mostram que o brasileiro ainda sofre com o viés doméstico na hora de investir.

Viés doméstico

Também chamado de home bias, o viés doméstico é muito presente no investidor brasileiro. Esse viés caracteriza o comportamento de priorizar ativos sediados no próprio país em detrimento de ativos no exterior.

“Esse viés pode ser influenciado por um senso de familiaridade, confiança excessiva nas perspectivas econômicas domésticas ou uma aversão ao risco percebido dos mercados”, disse a Kinea, em sua carta de gestão lançada no início do ano.

Dessa forma, o viés doméstico é muito presente, sobretudo entre os investidores iniciantes do mercado. Um dos motivos para isso é a percepção (equivocada) de que investir no exterior é arriscado, difícil ou inacessível para quem tem pouco dinheiro. 

Vantagens de investir no exterior

Ter ativos no exterior pode ser a forma mais segura de investir. Se você quer proteger seu patrimônio e fazê-lo crescer, ter ativos fora do Brasil é a melhor estratégia — e vamos te mostrar três motivos para isso: renda em moeda forte, proteção jurídica e mais oportunidades.

Renda em moeda forte

Investir no exterior significa ter ativos denominados em moedas como o dólar ou o euro, que são as duas moedas mais fortes do planeta. Em contrapartida, os ativos negociados na B3 estão denominados em real, moeda que é exclusiva do Brasil.

Combinadas, dólar e euro são utilizadas em mais de 80 países e possuem taxa de inflação histórica bem menor do que a brasileira. O real perdeu nada menos que 86% do seu poder de compra em 30 anos, segundo dados do IBGE, devido ao fato da inflação brasileira ser maior (historicamente) do que a dos EUA ou dos países europeus.

Portanto, ao ter ativos no exterior, você terá exposição a moedas mais fortes, inclusive recebendo dividendos pagos em dólar.

Proteção jurídica

Ativos no exterior estão sujeitos à jurisdição do país local, o que fornece proteção extra. Países como os EUA têm mais estabilidade jurídica, mantendo seu patrimônio seguro contra eventuais confiscos, tributação excessiva ou bloqueios judiciais indevidos.

Mais oportunidades

Por fim, as bolsas internacionais, sobretudo nos EUA, possuem um número muito maior de ativos. São mais de 8.000 ativos nas bolsas americanas, contra menos de 500 na B3, o que possibilita que você tenha mais opções para diversificar seu portfólio.

Além disso, o mercado americano possui setores que nem sequer existem no Brasil, como o de alta tecnologia, exploração espacial e até investimento em jogos (videogames). Portanto, investir no exterior te dá acesso a setores mais amplos e com excelentes oportunidades de ganhos.

Beatriz Gomes

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